O autismo não é uma doença, e sim uma condição neurológica, marcada por dificuldades no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e no comportamento social. Definindo de forma simples, o TEA qualifica-se como um transtorno neuropsiquiátrico que apresenta sinais e sintomas básicos, como dificuldade de interação social, déficit de comunicação social (quantitativo e qualitativo), e padrões inadequados de comportamento.
Após detectado, pacientes com TEA precisam ter acompanhamento frequente com equipe médica especializada, psicólogo especializado em terapia cognitivo-comportamentais, fonoaudiólogo e também dentista.
Pessoas no espectro autista precisam fazer o acompanhamento preventivo com um dentista especialista durante toda a vida, pois normalmente têm muita dificuldade em lidar com a higiene bucal, o que aumenta o risco às doenças.
Esse acompanhamento, normalmente feito por meio de sessões mensais, visa a aplicação técnicas preventivas às doenças bucais (como cárie e doença periodontal). De maneira lúdica, é feita a escovação profisisonal (profilaxia) e remoção de cálculo (tártaro) por meio de raspagem, aplicação de verniz fluoretado e/ou aplicação tópica de flúor, e o acomapanhamento do desenvolvimento da face da criança e erupção dentária. A manutenção da rotina clínica é fundamental. Além disso, o paciente e seu responsável/cuidador recebe orientações sobre a técnica de escovação e uso de fio dental, para que a manutenção preventiva seja feita diarimente até a próxima consulta preventiva.
A idéia é evitar qualquer doença bucal, pois o tratamento curativo (envolvendo anestesia local e uso de motores) em pacientes com TEA pode ser bem mais complicado, sendo necessária, muitas vezes a sedação e/ou contenção física da criança.