O bruxismo, mais conhecido como hábito de ranger os dentes, pode trazer sérias consequências. Como todas as partes do nosso corpo são interligadas, hábitos orais não funcionais (parafuncionais), podem danificar diferentes estruturas envolvidas no sistema: dentes; ligamentos periodontais (que sustentam e protegem os dentes em posição), mucosas, ossos, músculos da boca e da face e tecidos articulares (ATM principalmente). Além dos possíveis danos físicos (fraturas dentárias, mobilidade dentária, lesões em mucosas e travamentos) podem ocorrer danos sensoriais (dor aguda ou crônica, aumento da sensibilidade ou até mesmo sintomas “estranhos” (tonturas, zumbidos, sensação de dor ao simples toque, etc).
Mas, o que causa o bruxismo? Ninguém sabe ao certo, mas sabe-se que existe grande relação entre a ocorrência de bruxismo com elevado nível de estresse emocional, fatores genéticos, qualidade do sono, o consumo de alcool, tabaco e cafepina, e de algumas medicações. Assim, não é de se estranhar que esteja havendo um grande aumento na incidência de casos de fraturas dentárias, desgastes de pontas de dentes e até mesmo dores crônicas na região de cabeça e pescoço, diretamente relacionados ao bruxismo decorrente do estresse em tempos de pandemia.
O que fazer então? A primeira coisa é procurar um dentista capacitado em DTM (desordens temporo-mandibulares). Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial o profissional mais indicado para fazer a primeira avaliação de casos de DTM, uma vez que o cirurgião buco-maxilo é especialista em cirurgias e, nem sempre (ou quase nunca) os tratamentos de DTM ou bruxismo envolve cirurgias.
Na Confidere Odontologia, a Dra. Ana Paula Pita é a profissional designada a avaliar pacientes com DTM e/ou bruxismo porque tem cursos e amplo conhecimento nessa área. Tudo começa por uma avaliação completa, com anamnese e em alguns casos solicitação de exames complementares (ressonância ou tomografia), para o estabelecimento do diagnóstico adequado. Após o diagnóstico inicia-se o tratamento, que pode envolver a recomendação de mudança de hábitos posturais em vigília e durante o sono, alimentares e prática de atividades físicas, além do uso de aparelhos noturnos.
O que se deseja com o tratamento é a diminuição dos hábitos em vigília (acordado), redução dos sintomas (intensidade, frequência e duração) e proteção das estruturas (dentes, músculos, ossos e articulações).