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APNÉIA DO SONO E O DENTISTA

A apnéia obstrutiva do sono (AOS) é um dos distúrbios do sono mais comuns, caracterizado por pelos menos 5 episódios/hora de cessação da respiração durante o sono (por pelo menos 10 segundos). A causa é multifatorial, com fundo genético, sendo que os principais fatores de risco são excesso de peso, circunferência cervical aumentada, características crânio-faciais específicas eidade e costuma acometer mais pessoas do sexo masculino.

O indivíduo diagnosticado com AOS apresenta sonolência diurna, pode ter ou não ronco associado aos episódios de apnéia e os despertares imediatemente após a apnéia são associados a esforço respiratório e taquicardia.

O diagnóstico deve ser feito por um médico capacitado em Medicina do Sono, utilizando informações colhidas na história clínica, avaliação física e o monitoramento do sono, em um exame de polissonografia.

Uma vez identificada, é importante que seja feito o tratamento adequado, com menores consequências negativas, principalmente irreversíveis a longo prazo. As consequências da apnéia não tratada podem ser o maior risco de acidentes de trabalho e no trânsito, alterações de humor, pior qualidade de vida, alterações inflamatórias e cardiovasculares.

Os principais tratamentos disponíveis atualmente são o uso de aparelhos durante o sono CPAP ou BIPAP (aparelhos de pressão de ar positiva), aparelhos intraorais e cirurgias nos tecidos moles da faringe ou que alteram as estruturas ósseas faciais relacionadas à apnéia.

Dentistas capacitados em odontologia do sono podem indicar o uso noturno de aparelhos intraorais que promovem a protrusão mandibular (mandíbula fica travada a frente da mandíbula), que evitam o colapso dos tecidos da orofaringe e da base da língua, responsáveis pela apneia. Apesar de apresentar bons resultados sobre a apneia, é importante observar que os efeitos colaterais das terapias não podem superar os benefícios. Portanto, é fundamental que os efeitos colaterais sejam minimizados. Infelizmente, a longo prazo o principal efeito negativo do uso de aparelhos intraorais para tratamento de apneia do sono é a movimentação dos dentes causando alterações importantes na função mastigatória, especialmente a mordida aberta posterior (ausência de contatos entre os dentes molares). Sendo assim, o paciente deve ser monitorado de perto para a verificação desse tipo de efeito indesejado, pois caso ocorra, esse tipo tratamento deve ser interrompido e indicado outro tipo de tratamento.

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