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TRATAMENTO DE CANAL: O QUE PRECISO SABER?

Quando sabemos da neceesidade de tratar um canal pela primeira vez, a principal sensaçãoo é de pânico. Medo da dor e aflição só de imaginar a colocação de “agulhas” dentro do dente, mas principalmente, medo do desconhecido.

Se você é uma dessas pessoas que acabou de descobrir que vai precisar tratar um canal e já entrou na onda de desespero, se acalme, vou te explicar tudo como funciona e, espero que ao final desse post, você esteja mais calmo…

Os dentes são estruturas que possuem uma parte dura (mais dura do que osso), e estruturas moles (contendo vasos sanguíneos e nervos) tanto no seu interior (a chamada polpa, ou “nervo”) quanto por fora dele (ligamento periodontal). Como o assunto é tratamento de canal, vamos nos ater ao tecido pulpar (“nervo do dente”).

A polpa é responsável por hidratar o dente, fazer reparações internas dos tecidos duros (sim, o dente tem certa capacidade de se regenerar) e ainda responder como sensação de dor a qualquer estímulo que possa ser identificado como deletério (gelado demais, quente demais, cárie e fratura).

Quando um estímulo ultrapassa a capacidade da polpa se regenerar e criar tecidos cicatriciais no dente, ela inflama de maneira irreversível até evoluir para necrose (morte), se não for removida. A principal causa dessa inflamação irreversível da polpa é a cárie profunda que, mesmo após removida, seus danos podem já ter provocado a evolução negativa da polpa.

Tratar o canal é portanto REMOVER a polpa inflamada ou necrosada, que perdeu sua capacidade de regeneração (recuperação), assim como eliminar bactérias (desinfetar) que ficaram presas dentro dente e poderiam causa danos ainda maiores aos outros tecido (osso ao redor do dente, ou mesmo outros órgãos). Quando o canal está pronto (limpo e desinfetado) ele é obturado, procedimento que preenche com um tipo de borracha (guta percha) a área que antes estava preenchida pela polpa.

Tratamento de canal (endodôntico) é o procedimento de tratar a parte interna da RAIZ. A parte externa do dente (COROA) não é fechada com o tratamento de canal, que deverá ser restaurada após o término do tratamento de canal.

Atualmente, o tratamento endodôntico evoluiu muito, as antigas limas manuais foram substituídas por instrumentos rotatórios, aparelhos eletrônicos mapeiam o canal em tempo real (localizadores apicais) e os anestésicos são mais eficientes. Tudo isso torno esse tipo de tratamento  indolor, mais seguro, mais rápido e com resultados muito mais previsíveis e duráveis!

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